A TRAVESSIA
"O povo passou e acampou em Gilgal, da banda oriental de Jericó. Toda esta região é plana e naquele tempo devia ser um oásis. De Sitim, lugar de palmeiras, até esta banda oriental do Jordão, há uma vasta e linda campina, e gasta-se mais de meia hora de automóvel até a Jericó moderna. Um acampamento ali daria a medida do que estava para acontecer.
Só os homens das duas e meia tribos de Gade, Rúben e Manassés eram uns 40.000, todos armados com seus arcos e flechas como quem ia para um duelo. Calculados os homens de guerra das outras nove e meia tribos, podemos então avaliar os capazes de entrar em batalha em cerca de 400.000.
Alguns calculam em 3.000.000 o número total do povo. Dos altos da cidade de Jericó poderia ser vista esta imensa multidão acampada em Gilgal. Se o coração do povo da Palestina já se tinha derretido, apenas com as notícias, imaginemos agora com tal multidão, que acabava de passar o rio a pé enxuto, e com toda a liberdade."
A PASSAGEM DO JORDÃO FOI MILAGROSA
Em hebraico. o nome do principal rio de Israel significa "declive" ou "o que desce".
CURIOSIDADE BÍBLICA
"Quando a arca do Senhor chegou à margem das águas, estas levantaram-se num montão, em Adã (v. 16). Adã ficava 25 quilômetros ao norte. Abaixo das águas se escoaram deixando seco o leito, cheio de pedregulhos, o bastante para que se pudesse atravessar. Sendo a época da enchente de primavera do Jordão, o milagre foi tanto mais estupendo. Em Adã, o Jordão corre entre ribanceiras de barro, de 13 metros de altura, sujeitas a desmoronamento. Foi um grande milagre que aterrorizou os cananeus já amedrontados. JESUS, 1.400 anos mais tarde, foi batizado, no Jordão, no mesmo ponto da travessia de Josué."
Razão para crermos na intervenção divina:
O evento foi predito (3.13,14); o fato ocorreu conforme a predição (v.15); por quase um dia inteiro as águas "levantaram-se num montão" (v.6); o chão do rio drenado tornou-se seco e firme imediatamente (v.17); as águas "tornaram ao seu lugar" somente depois de os sacerdotes saírem do leito seco do rio (4.18). Se o evento fosse obra do acaso, dificilmente teríamos uma narração detalhada do milagre.
Vale do Jordão
(A mais profunda depressão do mundo. A partir das profundezas do mar morto, esta região atinge 860 metros abaixo do nível do mar até uma atitude superior a 260 metros em um dos picos do Arabá.); as cidades de Adã (localizada na confluência dos rios Jaboque e Jordão), e Jericó (situada no vale do Jordão, cerca de 13 quilômetros a noroeste da junção do rio Jordão com o mar Morto.).
A distância aérea desde as nascentes do Jordão até o mar Morto é de aproximadamente 130 quilômetros, mas o próprio rio tem mais de 300 quilômetros de extensão por causa de seu curso sinuoso entre o mar da Galiléia e o mar Morto.
Subsídio Geográfico GILGAL
Acerca do intrigante significado do nome Gilgal, comenta o autor acima citado: "Circulo ou giro deve corresponder ao que nós chamaríamos hoje de estádio ou ginásio. Uma imensa planura, sem montanhas, sem vales, com amplas possibilidades para acomodação do povo e para manobras militares, quando seriam estudados os planos para as futuras conquistas.
Aplicação Pessoal
o impossível se torna possível quando o crente está em santidade e obediência diante de DEUS! A santificação e a submissão irrestrita à Palavra de DEUS são requisitos indispensáveis para a completa vitória na vida cristã. "Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós" (Js 3.5).
Sitim, onde os israelitas armaram suas tendas pela última vez, antes de entrarem na terra de Canaã, está localizada a Leste do Rio Jordão. A área toda tem 12 quilômetros de largura por 23 quilômetros de comprimento. Sitim é identificada com a moderna localidade de Tel Kefren.
Eis como o historiador judeu, Flávio Josefo, narra a travessia do Jordão:
"Como Jericó estava situada além do Jordão, era preciso, para atacá-Ia, que o exército atravessasse o rio, então muito aumentado, por causa das enchentes e da chuva; Josué encontrou-se (por isso) em grande aflição. Em tão grande contratempo, DEUS promete-lhe tornar o rio vadeável.
Esperou dois dias e depois passou-o deste modo: os sacrificadores por primeiro, com a Arca; seguiam-nos os levitas, que levavam o Tabernáculo, com todos os vasos sagrados; todos os demais do exército marchavam com a própria tribo, colocadas as mulheres e crianças no meio, a fim de não serem levadas pela correnteza do rio.
Quando os sacrificadores nele entraram perceberam que a água não era mais tão movimentada, que havia baixado de nível e que o fundo do rio era firme e assim podiam passá-Io a pé. Depois deste primeiro efeito da promessa de DEUS, todos os outros passaram sem receio.
“Os sacrificadores ficaram no meio do rio até que todos haviam passado e mal haviam eles mesmos chegado ao outro lado que imediatamente o rio se tornou novamente cheio e impetuoso como antes.”
CONCLUSÃO:
Confiemos que assim como DEUS fazia milagres extraordinários através de Moisés, depois através de Josué, depois através de seus profetas, depois através de JESUS (seu Filho que é DEUS mesmo), depois através dos apóstolos de JESUS; agora através de nós mesmos que somos o corpo de CRISTO na Terra devemos fazer a obra de DEUS com fé e coragem, sabendo que, assim como o povo de Israel atravessou o Jordão a pé olhando para a arca, assim devemos olhar para JESUS, o autor e consumador de nossa fé e atravessarmos a vida cristã combatendo os inimigos da Igreja, Satanás e seus demônios.
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